4 de junho de 2013

História da Arte

Desde que comecei a estudar História da Arte, sinto que vivi numa bolha por 28 anos da minha vida. Não que eu tenha perdido 28 anos, até porque quando criança meu interesse mor era desenhar, jogar vídeo-game e brincar de Barbie criando histórias (não necessariamente nesta mesma ordem, rs). Mas é como se eu tivesse perdido uns 15 ou 20. Eu lembro de gostar de histórias antigas desde criança, isso é fato: dinossauros, pirâmides do Egito e, meio que sem saber, da evolução das civilizações antigas. É... pensando bem eu acho que eu sempre tive um pé de interesse lá.

Entender a Arte a partir da história e do desenvolvimento das civilizações é algo incrível. Fazer correlações do 'momento criativo' do homem com todo um contexto de época é ainda mais sensacional. Tudo faz tanto sentido que seria improvável acreditar que 'poderia ter sido diferente' do que realmente foi. A construção dos estilos da arte estão tão circunscritos no 'momento decisivo' (parafraseando Cartier-Bresson) da história do homem que me faz entender muito melhor muitos dos 'por quês' que eu tinha em mente, quando estudava só história nas aulinhas da escola; as coisas pareciam não se encerrar apenas naquilo que o professor contava, faltava alguma coisa. Faltava a Arte.

Me encontro completa e inexplicavelmente apaixonada pelo estudo da História da Arte e pretendo não mais parar. Alias, minha vontade era de não parar nunca mais de estudar sobre as coisas que realmente me importam. Depois que a gente cresce e descobre os nossos reais interesses, a gente amadurece, a gente se desenvolve, a gente abre a cabeça, a gente passa a viver de verdade. Romper as amarras das imposições sociais e viver a própria vida como se quer é uma grande delícia. Recomendo, viu?! Me chame de louca, de falida forever, do que quiser chamar, menos de desinteressada. Hoje, eu digo com todas as letras que tenho uma paixão (no sentido mais fervoroso da palavra) e que isso me faz sentir muito bem.

Me sinto tão arrependida de pensar que mesmo nas poucas viagens que fiz eu perdi a grande oportunidade de entender melhor tudo aquilo que vi em museus e galerias. Me sinto uma anta de pensar na frase que disse no Louvre, nesta segunda visita: "Não quero ver pintura francesa, vamos logo para a pintura italiana que é mais bonita." Inculta. Infeliz. Imbecil. Fui lá perder meu tempo com as mesmas coisas que já tinha visto antes e que são só parte das obrigações de turista. (Raivinha da Monalisa? Sim, estou com um pouco, rs.) Alias, acho que me arrependi disso antes mesmo de voltar para cá. (Não que eu não AME a pintura italiana, especialmente a Barroca, mas por quê 'Caravaggios' - leia-se um palavrão com sonoridade similar, rs - eu fui ver a MESMA COISA que eu JÁ tinha visto antes?! Enfim...)

Hoje, durante a aula que falava sobre a pintura Realista e toda a verdade que este estilo e seus artistas impõe a imagem, o professor disse a seguinte frase: "A arte te leva a caminhos aos quais se desconhece, você apenas segue em frente."

Seguindo e tentando escrever a minha história na Arte também, através da fotografia.


Beijo-me-segue!

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