10 de novembro de 2016

Sobre o (Meu) Sono - De Novo

Não é privilégio (ou azar) meu ser uma mãe que não dorme bem há mais ou menos o mesmo período de existência do seu filho, muita gente passa por isso e passa ileso. Eu?! Não estou tendo a mesma sorte desses seres humanos evoluidos. 

Explico (desabafo): não sei lidar com dias seguidos sem uma noite completa de sono. Ponto. Simples assim. E não me adianta ter o privilégio (ou azar) de poder cochilar em algum momento ao longo do dia, me dói (sim, dói, o sentimento é de dor, porém uma dor psicológica) não ter uma noite bem dormida. É uma sensação estranha, mas que me desencadeia um tanto de outros problemas, que me levam basicamente a depositar todas as minhas energias em comer (e comer todo tipo de porcarias que você possa imaginar; só porcaria). Resultado disso? 10 quilos acima do que deveria estar e quase nenhuma vontade de mudar.

Dormir, pra mim, é quase algo de ostentação: morro de inveja do meu marido, que vira para o lado e dorme em menos de 10 segundos. Juro: menos de 10 segundos. Mas ai me leva a falar que não basta meu sono ser quase inexistente atualmente, ele é de péssima qualidade e para conseguir dormir eu levo brincando 30/40 minutos para pegar no sono (isso, se tiver sorte). É ou não é para ter inveja máxima dos 10 segundos? Agora, você me entende. 

Bom, seguindo com as informações, voltemos no tempo um pouquinho, tipo uns 30 anos, e vamos entender desde quando meu sono é ruim, rs. Ouvi a minha vida toda que eu só passei a dormir mesmo depois dos 3 anos de idade e disse a minha vida inteira que minha vez ia chegar e que eu pagaria meus pecados. Dito e feito: Antonio dorme mal, se mexer a noite inteira, acorda várias vezes e, lógico, não me deixa dormir (e antes que você pergunte se o pai não faz a parte dele eu já te digo que faz mais do que deve, mas sempre chega a hora do meu "turno-noturno" e não tem jeito: eu não durmo). Na adolescência, eu tinha sono o dia inteiro, mas só ia dormir depois de 1 ou 2 da manhã (para acordar às 6, todo dia). Sempre tive o sono agitado e com muitos sonhos (ou pesadelos). Já adulta, continuei dormindo depois de 11 ou meia noite, vez ou outra tive insônia e passei a acordar várias vezes para ir ao banheiro fazer pipi toda santa noite (tanto que na gravidez eu nem me assustei com as acordadas noturnas para o toalete). Depois que Antonio nasceu, nos primeiros meses eu cheguei certamente à exaustão, mas segui como se tudo fosse absolutamente normal. Quando o pequeno já tinha um tempinho de vida, a falta de noites dormidas começou a doer e a me deprimir profundamente. Hoje, admito que levo bem em alguns dias e levo total e completamente mal em outros. É algo bastante complicado que levo comigo como se fosse algo sem solução, pois é esse o sentimento que tenho: nunca mais vou dormir direito. Dolorido, né? Eu disse que doía.

Bem, após mais uma daquelas noites em que eu só queria poder fechar os olhos e descansar, tudo que me resta é desabafar um pouco com palavras escritas, uma vez que pagar um terapeuta para me ouvir não está dando, rs. Mas vou te dizer?! Até que isso já ajuda bastante, viu? Obrigada por me "ouvir" :-)


Beijos e bons sonhos!


20 de setembro de 2016

Esperando o Pequeno Chegar

Num dia de chuva e ventos fortes no Rio, cá estou eu em casa sem fazer (quase) nada o dia todo, só de preguiça, TV e friozinho no sofá. Estou em casa com meus cachorros e meu filho saiu da creche direto para a casa da avó. Na esmagadora maioria das vezes, eu acho ótimo ganhar umas horinhas adicionais "só" pra mim (quando ele vai para a casa da avó), mas hoje, em especial, eu acho que passei o dia sem saber muito bem o que fazer e esperando o pequeno chegar. A maternidade é realmente uma coisa tão confusa e tão estranha que por mais que eu tenha 50 filhos eu nunca vou entender muito bem o que são essas sentimentos contraditórios que a gente sente (tudo junto e misturado e ao mesmo tempo e que nos deixa muito perdidas). E sabe o que é mais curioso? Acho que o sentimento de espera aqui não é só meu: meus cachorros estão há algum tempo indo até a porta "ver qual é" desde cedo. Eles devem ter o mesmo sentimento estranho que eu: querem um tempo de atenção só pra eles, mas querem ter o pequeno por perto (o que tira o foco de atenção deles, é claro). Confuso, né?!

Beijos!

17 de junho de 2016

Só Mais Um Post Qualquer

Curiosamente, depois que eu me tornei mãe eu aprendi muitas coisas sobre como ser "humano". Ok, explico. 

Aprendi a ser mais tolerante com algumas coisas e, ao mesmo tempo, a ser bem menos tolerante à outras. Aprendi que o mundo não diz respeito ao "meu mundo" ou à mim, por mais que eu subconscientemente lute contra isso (meu lado "filha única") e sinto doer bem mais hoje em dia por saber que na real eu não sou o centro das coisas (uma teoria um pouco complicada de explicar, mas resumidamente o que quero dizer é que: a gente geralmente dá muito mais valor ao que nos diz respeito do que ao que é do outro; uma espécie de egoísmo ou egocentrismo que cabe e é natural em seus diferentes graus a todo ser humano). Aprendi que para ser ouvida eu preciso primeiro ouvir, pois antes eu costumava querer falar mais e ouvir menos; eu não sabia ouvir direito (e ainda não sei muito bem, eu acho). Aprendi que meus problemas, questões ou glórias não são maiores, ou melhores, ou piores que os de ninguém; eles são meus e cabe a mim saber dar o devido peso a cada um, sem que isso afete negativamente a minha vida ou a de qualquer outra pessoa. Aprendi que algumas coisas dependem de mim, mas que todas, absolutamente todas elas vão seguir em frente caso eu não possa resolve-las (e isso é extensível à pessoas, não só coisas). 

Enfim, aprendi um montão de coisa e poderia ficar enumerando várias delas aqui, mas como também aprendi que tudo precisa de um determinado tempo, vamos dando tempo ao tempo e publicando meus aprendizados ao longo desse devido tempo ai.

Vamo que vamo!

Beijos!




10 de maio de 2016

12X Antonio

Registrando o pequeno do primeiro ao 12 mês de vida <3

(A logo ai embaixo é pra divulga meu trabalho, claro, rs).





Beijos!

2 de maio de 2016

1 Ano e o Primeiro Dia na Creche

Vou começar pelo dia de hoje, já que estou aguardando aqui na creche a adaptação ao primeiro dia do Antonio. Pois bem, para todo mundo que eu falei foi um "Ah! Coitadinho! E como você está? Sofrendo, né?". Minha resposta para esta questão é não e digo mais: estou muito animada para ver o desenvolvimento do meu filho na creche, a convivência dele com outras crianças e somado à isso o tempo que eu vou passar a ter para trabalhar, sair e/ou fazer nada (pouco provável esse último ai). Não sei se sou uma mãe desalmada (deve ter quem ache), mas não consigo entender esse sofrimento todo que o povo passa para deixar os filhos em creches e escolas. Sério. É bom para eles, é bom para os pais, é bom para todos! Tenho certeza que o Antonio vai curtir. E eu também!

O pequeno fez um ano no último dia 17 e cá pra nós depois dos 6/7 meses o tempo passou bem rápido. Os primeiros meses por serem realmete bem complicados para todos "demoram" a passar, mas no geral, como bem defini há poucos dias "não vi meus 30 anos passarem, pulei direto para os 31". E foi bem assim. Bom, fizemos uma festinha bem pequena, somente para os mais chegados dos mais chegados e assim comemoramos um dia antes. No dia mesmo, passamos eu, ele, o pai e os irmãos peludos (Milton, Diana e Zé) juntos curtindo a família. Foi bem bom :-)

Mas resumindo a ópera, sinto que após um ano de muitas experiências novas, hoje, entramos em uma nova fase muito bacana para todo nós. Tipo, é como se o mundo ficasse um pouquinho maior e os horizontes se abrissem para outras novas experiências. Como se nós estivessemos fazendo uma viagem ao exterior pela primeira vez e fosse desbravar lugares e conhecer novas culturas. Uma sensação muito boa, por sinal, com muitas expectativas positivas. 

Não me sinto uma mãe muito grudada (às vezes, acho até que sou pouco carinhosa por isso, rs, mas ai é culpa da maldita sociedade crítica na qual vivemos, que nos enchem de medos e culpas todos os dias) e digo a mim mesma (desde já) que preciso criar o meu filho com dignidade, respeito e educação, mas acima de tudo sabendo que ele é meu filho sim, mas é filho do mundo também, que fui apenas um meio de chegada, mas que não sou o fim. Quero que ele seja uma pessoa íntegra  e correta, que seja feliz com suas escolhas e que seja responsável por suas decisões, não importam quais elas forem. Quero poder sim fazer parte da vida dele como algo bom e não como um fardo ou obrigação. Quero que ele seja aquilo que ele escolher ser com coragem e sabedoria. Quero poder estar ao lado dele (mesmo que por algum motivo eu fique fisicamente distante) e dar apoio no que me for possível. Quero ter boas lembranças das pequenas conquistas (e das grandes também) e quero lembrar com carinho desde dia tão importante na vidinha dele, um pequeno passo para uma longa caminhada de vida. 

Sim, bateu vontade de chorar, mesmo não sendo grudada ou sabendo que ele está bem lá em cima. Ah, eu sou mãe, ora bolas!


Beijo grande! 

13 de abril de 2016

12 Meses

Toda vez que eu penso em escrever alguma coisa e, eventualmente, eu venho aqui para tal, eu fico olhando para o espaço em branco e acabo desistindo. Não sei por que isso acontece, mas imagino que seja por ter passado a ouvir mais e falar menos desde que o Antonio nasceu.

Meu pequeno já vai completar um ano e nesses últimos 361 dias (faltam 4 para o aniversário) eu sinto que mudei não só pelo fato de ter me tornado mãe, mas também no meu jeito de ser e agir. Converso com outras amigas que estão grávidas ou que pensam em ter filhos e digo que o mais importante conselho que eu posso dar é não seguir os conselhos de ninguém e sim seguir a sua própria intuição e, além disso, digo que quando um filho nasce a gente passa a dar mais valor a outras coisas e se importar muito menos com pequenas mi-mi-mices do dia-a-dia. É, talvez seja por isso que eu venha e fique olhando o espaço em branco sem "falar" muita coisa.

Bem, no próximo domingo estaremos em festa, comemorando 12 meses que se passaram (literalmente, pois esse é o tema da festa, rs). E, por sinal, 12 meses tão ou mais intensos (psicologicamente falando) que os últimos 12 anos da minha vida, rs.  Que venham os próximos 12 e muitos outros 12 :-)

Beijos!

13 de março de 2016

Momento de Ternura

Estamos quase chegando aos 11 meses e, mais um pouco, quase ao primeiro ano de vida. Nesse meio tempo já passamos por tantas coisas que daria para publicar um série de livros com umas 3 sequências pelo menos. Queria ter tido mais tempo para contar as histórias do Antonio e também as minhas por aqui, mas ser mãe é basicamente não ter tempo nem quando se tem tempo. 

Pelos meus cálculos precisei de 9 meses para gerar o Antonio e mais 9 meses para "me gerar" como mãe. Creio que foi o tempo necessário para eu poder entender que, na real, nunca vou entender o processo e as regrinhas básicas desse "Jogo da Vida". É muito complicado "absorver" o turbilhão de novidades que vem com nascimento de um bebê e (por menos que se acredite nisso) é mais do que natural que isso leve um tempo determinado. Enfim, tempo é sempre a melhor solução. 

Mesmo tendo a vida virada de cabeça para baixo, não trocaria essa nova vida por nada, pois os momentos de ternura são impagáveis. Mesmo!

Bem, por hoje é isso. 



"Continue a nadar!"


19 de janeiro de 2016

Continue a Nadar!

Num dia chuvoso e sem luz (explico já), cá estou eu com dor de cabeça (desde ontem), fazendo hora no shopping center e escrevendo pra você que me lê. Ah, sim, claro, e tomando um bom café (com adoçante, porque a dieta começou ontem).

Nos mudamos de apartamento (prédio ao lado, ok, mas é mudança anyway) e estamos há quase um mês na loucura de levar todas as tralhas de um lugar para o outro, arrumar todas as tralhas no lugar novo, acertar todas as pequenas (geralmente, são pequenas; as desse apartamento definitivamente não foram) coisas que um "ap" que ficou fechado demanda. E não acaba. Nunca. Resumindo muito a ópera, tivemos os seguintes "poréns":

- obra para colocar novo aquecedor (e ai poder religar o gás)
- NET que não religava de jeito nenhum (e eu e Carlos sem conseguir trabalhar por falta de internet)
- ar condicionado que não funcionava por causa das tomadas com voltagem divergente
- Light que corta a luz (hoje), porque o dono do apartamento não pagou as contas de novembro de dezembro (e nós não sabíamos)

Fora coisa que não tem onde botar, vazamento de pia, cachorros com problema de estômago (e não acertando as necessidades no "banheiro" novo), borboletas gigantes invadindo a casa de dia e de madrugada e por ai vai. Mudança... espero não precisar fazer outra nos próximos 10 anos! Méo-Déos!

Enfim, muitas coisas acontecendo no desenvolvimento do pequeno e eu, que gostaria de resgitrar mais do que tenho feito, ando papando mosca. Alias, falando em "papar", comer é algo que (aos 9 meses) ainda está um tanto complexo pro Antonio. Faço mea-culpa em parte por não conseguir cozinhar direito há mais de um mês, mas o bonequinho também não colabora: só quer mamadeira. Já cheguei à conclusão de que ele é preguiçoso (rs), só que chegar aos 9 meses e não querer comer é dose! Minha mãe comentou, ontem, que ele pode ter o paladar mais adaptado para coisas doces e não ser chegado às coisas salgadas, porque ele até vai com "doçuras". De repente é uma, vou observar daqui pra frente.

Outra coisa que não "anda" é o engatinhar. Antes achei que fosse falta de estimulo, agora acredito que é preguiça, rs. Antonio é um menino esperto, mas já vi que também é meio folgado, rs. Ok, ok: tudo ao seu tempo. A gente fica querendo antecipar as coisas e depois fica pedindo pra voltar no tempo, já sei disso. Estou tranquila. Sem pressa. Vamos no tempo do preguiço... uh, quer dizer... dele. 

Muitas coisinhas bonitinhas, muitas fofurinhas, muitas gracinhas. Realmente, essa fase é bem gostosa, mesmo. Ver o seu filho descobrir as coisas, ve-lo perceber o mundo e seus detalhes é muito legal. Estamos num momento bom de interação, de trocas, de descobertas; um momento gostoso de apertar muito, tipo "Felícia" (galera de 30 sabe quem é rs). Momento de olhar nos olhos um do outro e conversar longos papos sem trocar uma só palavra. Momento de falar "dá dá dá" tipo papagaio, sem parar. Momento de finalmente começar a entender um tico de nada do que é ser mãe. Alias, acho que nunca vou aprender a ser mãe, porque essas coisas a gente não aprende, a gente nasce sabendo (mesmo achando que não sabe) só precisa de um estímulo, tipo  nadar e andar de bicicleta. 

Momento desabafo: Sempre digo a mim mesma que não sei ser mãe, que é dificil me entregar completamente a essa vida nova. Só que quando paro e penso em tudo o que já passamos juntos (eu, Carlos e Antonio), em tudo o que eu passei - e ainda passo - sozinha (especialmente, dentro da minha cabeça), tudo o que ainda vou passar no "papel de mãe", tento encarar com naturalidade e digo "Vamos lá! Se você não fosse capaz de faze-lo, você não seria mãe!" E é bem por ai. Como diria a sábia Dori (Procurando Nemo): "Continue a nadar! Continue a nadar!" 

Então, se tem algo que posso dizer para outras mães e futuras mamães que possa ajudá-las de alguma forma é: você sabe exatamente o que fazer. E "Continue a nadar!" :-)








14 de janeiro de 2016

Depois

Eu não abandonei o blog. Eu não estou sem história pra contar (pelo contrário). Eu não estou super sem tempo. Eu não sei é por onde começar e ai eu prefiro voltar depois, só que o depois tá deixando pra depois também e ai... Rs.
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