31 de agosto de 2015

Noite Mal Dormida N° XYZ

Hoje, foi uma daquelas noites em que a mamãe precisava dormir bem para trabalhar à tarde e à noite, mas (sempre tem um mas, rs) o pequeno acordou de uma em uma hora de meia noite até umas 7h da manhã. Ou seja, mamãe não dormiu, claro, obvio, evidente. 

Não dá pra entender muito bem o por quê de uma noite ele dormir bem e acordar apenas umas 2 vezes e outra acordar a noite inteira sem que haja nenhuma razão aparente ou que tenha havido qualquer alteração na rotina; simplesmente acontece. O que sei é que, hoje, estou mais zumbi do que nunca, com olheiras alla um panda, com uma certa impaciência generalizada e com a certeza de que essas horas perdidas da noite vão me fazer falta em 5, 4, 3, 2, 1...

Uma coisa que o (me/ nos) ajudava a ter um intervalo maior entre uma mamada da madrugada e outra era fazer o "pacote", ou seja, enrola-lo bem meio que "travando" os bracinhos e pernas dos espasmos que todo bebê novinho tem (e faz acorda-lo no susto). Desde os 3 meses (período o qual esses espasmos somem ou diminuem muito) não faço mais o "pacote", tanto porque não há mais espasmos, quanto porque acho importante ele ter o espaço dele no berço e porque precisa encontrar a posição que mais se sente bem para dormir (sem as  restrições que o "pacote" impõe de algum jeito). Falando assim, o "pacote", também conhecido lá fora como swaddler, parece algum tipo de castigo ou tortura, mas é recomendado em maternidades e por pediatras até o período de espasmos cessar para que o bebê tenha um sono mais tranquilo. Admito que essa noite me bateu uma vontade danada de fazer o "pacote" outra vez, mas fiquei preocupada dele estranhar e reclamar (e acordar o pai, que teria que acordar às 4h da manhã para seus afazeres de segunda-feira). Estou contanto essa história toda para colocar em pauta uma coisa que sempre me passa pela cabeça: a linha tênue entre deixar a criança um pouco mais livre e/ ou impor regras e condições para o seu desenvolvimento. No caso, a primeira coisa que me vem a cabeça ao voltar ao "pacote" é: "Estou reprimindo os movimentos dele e isso pode lá na frente gerar algum tipo de problema". Pode parecer exagerado, mas se você parar pra pensar esse limite que divide o "certo" e o "errado" é muito complicado, pois não sabemos na real o que pode ou não ser um problema para o outro, especialmente para uma criança que está começando a entender a vida como ela é, mesmo em situações pequenas e "inofensivas" como essa. Complexo, eu sei, por isso, prefiro evitar pensar ou filosofar muito sobre "a linha", mas essa noite em específico eu parei pra pensar um cado nela.

Enfim! Apesar dos pesares, ver que ele dá aquele sorriso ao abrir os olhos e me ver pela manhã compensa um pouco o perrengue da noite e lembrar desse sorrisinho ajuda a seguir em frente ao longo do dia. Então, vamo que vamo!

Beijos!

4 comentários:

  1. Tb acho muito complicado essa linha tenue, mas como dizia a minha mae: " todos os traumas que eu te causar minha filha, vc resolve na psicologa qndo estiver maior". Hoje entendo perfeitamente o que e isso e, honestamente, acredito que em situacoes mais complexas que a sua especificamente (como impor limites, moldar o carater e "domar" o egocentrismo da crianca) as "nossas" vontades devem imperar. Quando me refiro as "nossas" vontades me refiro ao que e certo ou o que nos parece ser certo fazer naquele momento. Como tb diz a minha mae: "vc tem sempre que lembrar quem e o mae e quem e o filho".

    Sei que vc e uma excelente mae e nunca sinta-se culpada por qq pensamento. No final de tudo quem mais aprender nessa relacao e vc.
    Bjs <3

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    1. Agradeço pelas palavras! Pena que não sei que escreveu! Ainda assim, obrigado e volte sempre ;-)

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  2. Olá! Pelo que vi um dia desses, esse "pacote" é para dá-lo a segurança que o útero dava, que era bem apertadinho. Eu não sou mãe, mas ouvi dizer que para eles é bem confortável. Acho que quando ele for maiorzinho vai querer mais espaço, as muito pequeno pode ser uma forma boa de acalmá-lo.

    Bjos, e boa sorte!!

    www.exitandosemh.com

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    1. Exato, Danyela. A ideia do "pacote" é essa mesmo e, em geral, os bebês se sentem super bem com ele. Mas sempre fica dúvida, né?
      Obrigado pelo recadinho! Bjos :-)

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