Cheguei ainda há pouco do cinema, depois de muito enrolar para ver o filme "Para Roma, Com Amor" e, completamente apaixonada pela Itália que sou, não poderia deixar de vir aqui e opinar qualquer coisa sobre o assunto.
O filme em si, achei mais um devaneio adorável do velhinho-gagá mais terrivelmente fofo da indústria cinematográfica. Woody Allen é Woody Allen. Um birrento. Um fofo. Um doido de pedra que deu certo e que eu particularmente gosto, mesmo que o filme seja só mais um clichê em uma cidade encantadora. Gosto muito!
Na verdade, passei aqui só para me declarar mais uma vez completa e loucamente apaixonada por Roma. Ver cada viela, rua ou banco de "piazza"do filme me fez ter vontade de escrever histórias reais de um passado recente ou histórias fictícias de uma mente em ebulição. Bateu uma vontadezinha de chorar de alegria também. Quis me imaginar (ou imaginar uma personagem, que possivelmente seria o meu alter-ego, rs) passeando pela cidade de Roma com uma câmera nas mãos, fotografando lugares, monumentos, pessoas ou pombos (como adoro fazer sem nem perceber). Quis me ver sentada na numa mesinha pequena tomando um "caffè latte" (que na verdade nem gosto tanto, mas só para me sentir fazendo ainda mais parte daquele todo) ou um expresso, lendo um livro de histórias de amor. Quis me pegar andando de bicicleta naquele trânsito completamente maluco com uma mochila nas costas como se não houvesse fim do caminho, ou fim do dia, ou fim de Roma. Mais uma vez sou obrigada a citar o anagrama que um dia ainda vai virar tatuagem no meu corpo, para expressar todo o amoR que sinto por aquele lugar. (Poxa, como eu queria poder estar escrevendo "neste lugar" agora.) Queria estar lá e ouvir as sirenes que não desligam, ver as velas que não se apagam nas mesas dos restaurantes, sentir o cheiro que só Roma tem, um cheiro de pão, de vinho, de massa fresca e de amor. Ai que saudade...
Enfim, deixe eu ir embora, senão eu passo a noite inteira escrevendo (ou delirando) sobre querer estar lá, estando cá.
Bacio.
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