9 de janeiro de 2013

Começando o Ano

Depois das comemorações e, para alguns, do recesso de final de ano (às vezes início também), chega a hora de colocar a mão na massa e começar a 'brincadeira' toda outra vez. Alias, com o passar dos anos, acho que cada vez menos sinto o "recomeço"; no entanto sinto a "continuação".

Início de ano é sempre meio esquisito: a gente fica mais lento, a gente sempre erra a data em talão de cheque e outro manuscritos; a gente fica na expectativa de "coisas novas virão" (isso me lembra minha infância e adolescência, quando ficava na maior animação para a volta às aulas e saber se tinha gente nova na turma - quase nunca tinha); a gente faz milhões de planos e pensa que tem um ano inteiro pela frente para coloca-los em prática (ai, quando se dá conta, o ano já passou e todos os mesmos tópicos acima e vira e mexe alguns outros voltam à tona). É... num entra e sai de ano, life goes on.

Então, eu me pego pensando um pouco mais nessas pequenas coisas que a gente "continua" fazendo e me dou conta que o ser humano tem a grande mania de (re)viver de suas próprias histórias: a gente fica mais lento, pois está relembrando tudo o que passou do ano anterior antes de dar a partida para o ano que chega; a gente sempre erra a data dos manuscritos, pois nossas cabeças ainda não se desconectaram do turbilhão de coisas de um fim de ano; a gente fica na maior expectativa por novas histórias, mas sempre pensando que ela podiam ser iguais (ou diferentes) de alguma coisa que já nos aconteceu e serve de referência; a gente faz milhões de planos para o ano novo com base em todos os outros planos que já tivemos na vida. É claro que o que escrevo faz muita referência ao que eu entendo como "ser humano" (vulgo: eu e os que estão no meu entorno), mas posso dizer que não vejo as pessoas falando/ fazendo nada de muito diferente disso. E acho mais do que natural ser desse jeito.

É realmente muito complicado se pensar em 'futuro', quando não se faz ideia do que isso significa. De fato, nunca saberemos o que é o futuro, na melhor da hipóteses, sempre conheceremos o passado (o nosso, melhor do que qualquer outro) e o presente (que como o próprio nome já "diz", é bom a gente aproveitar, porque se a gente deixar passar ele muda rapidinho de categoria). Ok, vai, a ciência um dia pode conseguir até prever alguma coisa (ou os astrólogos, mas tenho minhas dúvidas em relação a estes), só que até que isso se comprove, continuamos vivendo de memórias e aprendendo com elas, para fazer com que o 'presente' (em ambos os sentidos) seja mais proveitoso.

Sendo assim, quero que esse ano "os meus presentes" sejam muito trabalho, muitas alegrias e muito aprendizado. Que as pessoas que estão presentes na minha vida não se tornem passado apenas, que permaneçam presentes. Que o mundo se abra de presente para mim e para todos aqueles que gostam dele. E, sim, que eu consiga tirar do bom passado alguns novos presentes.



Um beijo de presente pra você ;-)

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