24 de novembro de 2011

Homenagem

Vou logo pedindo desculpas aos visitantes que vem aqui ler coisas sobre casamento, algumas bobeiras minhas e tal. Hoje, gostaria de falar e homenagear, de alguma forma, um amigo.

Ontem, à noite, nosso amigo Antônio faleceu daquilo que considero o 'mal silêncioso da humanidade'. Depois de uma grande batalha contra um câncer, com idas e vindas, melhoras e recaídas, mas nunca, nunca sem perder a força e a esperança de viver, ele resolveu descansar de tamanho esforço que é combater um inimigo tão cruel. Às vezes, diria muitas vezes, eu fico me perguntando "como pode o homem ter criado tanto e até hoje não ter conseguido vencer algo que, se só descrito como 'células em desenvolvimento desordenado', parece tão simples? Bastaria conseguir 'reordenar as células, não?". "Quem dera que fosse tão simples assim", diriam os médicos. Não me conformo muito com o fato de não ser capaz de fazer absolutamente nada em relação à isso. Mesmo sendo uma publicitária zé-roela.

Não sei lidar com perdas. Não me sinto bem de perder nem objetos simples, que dirá um ser humano. E ele, o Antônio, era um grande ser humano. Uma pessoa que quase não tive contato, um grande amigo do Carlos que tive a sorte grande de conhecer. Um cara que nós sempre dizíamos: "Celebrante do nosso casamento? Ah! Só pode ser o Antônio!". Sempre falavamos isso. E tinhamos certeza que ele seria 'o cara' a fazer 'o discurso' do evento, aquele que com um montão de abobrinha diria todo o necessário em perfeita harmonia.

Também não consigo não lembrar dos poucos, porém verdadeiros, momentos que passamos juntos eu, Carlos, ele e a Luciana, a esposa. Alias, que se casou há poucos dias com ele, um dos atos mais bonitos que ouvi nos últimos tempos. Lembro do meu primeiro Ano Novo com o Carlos, que foi em uma festa no apartamento que o Antônio dividia com outro amigo. Fomos à praia de Copacabana, rimos, bebemos, pulamos, vivemos. E aquele boteco pé sujo que fomos os 4, acho que em Copa também? Rimos muito.

Na verdade, conheci um Antônio descontraído, feliz com a vida, apaixonado pela Luciana e pelos gatos que tinha de estimação. Conheci também, porém pelas palavras dos amigo, um Antônio extremamente profissional e decidado. Não havia quem não falasse "Ah, o Antônio? Nossa, ele é um exemplo."

Exemplo. Exemplo de força, de alegria e de dedicação à família, aos amigos e ao trabalho. E é e sempre será esse exemplo que ficará na minha memória. Que Deus o abençoe, mas que lhe permita estar sempre entre nós. E no nosso casamento, claro.

E, Antônio, você é o cara!

Bjos.

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