17 de abril de 2012

A Lua de Mel



Sei que já falei muito sobre cada lugar delicioso da minha Lua de Mel, mas é impossível conseguir parar de falar da Itália. A minha vontade é de entrar na mala de uma amiga que está indo pra lá no final desta semana (eu e mio marito, claro) e ficar mais um mês curtindo cada cantinho e comendo muita pizza quadrada. Huuum... Falando de forma mais abrangente da viagem, obviamente eu conseguiria definir em uma só palavra: perfeita.

Viajar, por si só, é algo incrível, que abre a cabeça da gente e nos arranca do cotidiano chato de "casa-trabalho-trabalho-casa". Fora que, consequentemente, viajar significa férias e tem coisa melhor que isso depois de gastar todas as suas energias por mais de um ano e meio initerruptamente?! Bom demais.




O mais legal de você conhecer lugares novos é ver as pessoas nos seus respectivos 'dia-a-dia'; ouvir sua língua (e, no caso de italiano, entendê-la cada vez melhor ao logo dos dias que passam por se tratar de uma língua 'próxima' do português); perceber como são educados (e cultos); ver como se preocupam com seu patrimônio e cuidam dele para que dure para muitas gerações a frente;  perceber o quanto pagamos impostos, como somos 'jovens' (ecomonicamente falando) e o quanto ainda temos que aprender com os 'mais velhos', pois mesmo em momento de crise, os caras dão seu jeito e sobrevivem como se nada estivesse acontecendo (coisa que eu, honestamente, acho que não seríamos capaz em caso semelhante aqui).

Algumas curiosidades:

- nos centros históricos das cidades há um certo limite de tráfego, ou seja, você só pode entrar de carro com autorização. E dentro desses perímetros NINGUÉM usa a busina. Meu marido foi fazer isso para chamar a atenção de um pedestre que estava no meio da rua e todo mundo olhou de cara feia pra gente. Fiquei até com medo. Rs.

- para facilitar o tráfego, não há muito sinal de trânsito (nas cidades menores, principalmente). E o mais incrível disso é que as pessoas se entendem entre carro, bicicleta, ônibus, metrô, moto e pedestre. Se você pisar no meio fio, o veículo para pra você passar, esteja ele na velocidade que for. A prioridade é do pedestre sempre. Em alguns lugares, com a falta de sinal o jeito é colocar rotatória. Dá para ficar tonto de tanto entrar e sair delas o tempo todo. Rs.

- existem algumas lojas incríveis que não chegaram (ainda) no Brasil, como a H&M (love you, baby!). Mas o que me chamou mais atenção desta vez foi a 'loja a peso'. Entenda: são três tipos de classificação de marca de roupa e acessórios (básica, média e alta) e com isso são três tipos de peso atribuidos (mais barato, mediano e mais caro por quilo); então, você pega a sua roupa que já está pre-estabelecida em uma categoria, pesa na balança, digita o número equivalente ao preço do quilo (esse número fica preso a uma etiqueta da roupa) e pronto! Ai está o preço da sua roupa. Detalhe: pense em uma marca e ela estará lá, tais como Moschino, Prada, Diesel, Vivienne Westwood, Dior, Versace, 7 For All Mankind, Marc Jacobs... Louca?! Eu?! Imagina...

- tomamos 27 garrafas de vinho em 26 dias. Sendo que a noite que não tomamos vinho, tomamos 7 garrafas (330ml) de cerveja e em duas tardes tomamos prossecos que ganhamos de presente dos hoteis. Próxima viagem será para o AA mais próximo. Rs.


Algumas dicas:

- a melhor opção para passear em todas as cidades é a pé. Assim, se vê as coisas, aproveita as atrações e se contempla cada detalhe no seu tempo. Uma delícia!

- tenha um smartphone em punhos para te guiar por ai. Usamos os mapas digitais com direito a localizador, guia de direção e passo-a-passo de um ponto ao outro. Não tem como se perder (depois e algum tempo de treino e uso do aparelhinho, hehe)! E detalhe mais quem importante: é extremamente seguro andar com ele nas mãos.

- mas para a dica acima ser útil, tem que ter pacote de dados. E para ter pacote de dados tem que ter chip internacional/ local. Assim que chegamos em Roma (escala antes de ir para Verona, nossa primeira cidade) compramos - no aeroporto mesmo - um chip a TIM para cada um. Como foi a primeira loja que encontramos foi essa operadora que nos guiou e foi excelente. Existem outras operadoras consideradas boas e até mais baratas, mas fomos pela comodidade. Pagamos pouco e usamos muito na viagem toda. Alias, todos os posts dos lugares foram digitados e publicados via smartphone. (Amo tecnologia!)

- para aquelas atrações imperdíveis para você e para todos os turistas locais, se antecipe. Compre seus ingressos com antecedência e chegue cedo nos lugares. Se organize para colocar as atrações mais disputadas como primeira do dia, pois costuma ser mais rápido e prático para entrar, ver e apreciar (com menos gente em volta).

Existem outras curiosidades e dicas que obviamente estão me fugindo da mente agora, mas lembrando eu publico uma 'edição especial recordar é viver'. rs.

Então, vamos ao ranking das cidades! Muito difícil classificá-las, mas acho que terminou assim:

1º Lucca
2º San Gimignano
3º Siena
4º Bologna
5º Turim
6º Verona
7º Florença
8º Monteriggioni
9º Pisa
10º Milão (na verdade aqui, como diz meu marido, ficaria: Pisa, ficar em casa, Milão. Rs. Não que não seja maneiro, obvio que é e muito - inclusive a catedral é, para mim, a que tem a fachada mais bonita de todas - mas me senti um pouco em 'São Paulo', como todo mundo diz.)

Ai você me pergunta: "Cadê Roma?" Roma fica numa categoria à parte. É impossível colocar Roma na lista. Ela está acima disso e compará-las às outras é desleal. Então, Roma entra na categoria "CNN": "Beyond Borders". Rs.




Fuxicar a Itália de "cabo a rabo" (mentira, faltou o Sul, que iremos em breve!) além de mais de 3.000 fotos me trouxes muitas coisas boas, como conhecimento, cultura, interesses novos, quilinhos a mais (3,5 kg, não tão bom assim, mas ok), novas receitas para os almoços e jantares com família e amigos, vontade de estar cada vez mais com meus familiares e amigos, muitas peças novas de decoração (taaaanta coisa linda!) e uma vontade enorme de ser e fazer melhor. Quero ser um ser humano melhor, uma esposa melhor, uma mulher melhor, uma profissional melhor, uma pessoa mais interessante, alguém capaz de conciliar aquilo que gosta com aquilo que tem que ser feito. Eu sei que esse, obviamente, é o melhor dos mundos e que nem sempre é fácil ser feliz, pois é o que isso de fato significa. Mas essa viagem me fez querer ser uma pessoa um pouco mais feliz, simples assim (e já estou buscando isso - cena para os próximos capitulos posts!).


Beijos!

Um comentário:

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