29 de abril de 2015

Ser X Ser Mãe

Sempre soube que sou uma pessoa centralizadora e que tenho certa dificuldade em delegar tarefas, pois gosto da sensação de dizer a mim mesma "fui eu que fiz" e especialmente de colher os frutos do resultado. Sendo mãe há 12 dias, estou começando a descobrir que, querendo ou não, preciso de ajuda e não só da ajuda do pai do bebê. Acho que posso dizer que o "ser mãe" começou me trazendo uma boa lição.

Até então, já tive a ajuda da minha sogra num dia e dos meus pais duas vezes e por mais que eu quisesse (como sempre) tomar as rédias da situação e resolver as coisas sozinha, tenho que admitir que ter pessoas me ajudando foi de um certo alívio. Hoje, por exemplo, com meus pais aqui comigo, pude tomar um banho relaxante, comer sem pressa, arrumar pequenas bagunças que me incomodam (próxima lição que preciso aprender: nem tudo tem que estar sempre no lugar) e tudo isso foi muito bom. Ok, admito que gosto do silêncio, gosto da poesia da solidão e tenho uma grave mania de achar que se tem alguém na minha casa eu preciso agradá-lo(a) todo o tempo. Com um bebê recém-nascido nem que eu queria muito seguir essa linha de raciocínio: não da. E admitir isso para mim mesma, cá entre nós, é uma pequena conquista dentre tantas que preciso alcançar.

O "ser" e apenas "ser" me coloca em uma zona de conforto e me da a liberdade de permanecer galgando os pequenos erros que me tornam uma pessoa mais ansiosa. O "ser mãe", desde a gestação, tem me mostrado que  temos que deixar de "ser" muita coisa para "sermos" de verdade aquilo que gostaríamos de ser. Pode parecer confuso para você, mas pra mim nunca foi tão claro: está sendo tão bom aprender a cada dia, que mesmo com todo o cansaço e dificuldades que cada noite mal ou não durmida me traz, abro os olhos na manhã seguinte e penso: "Agora, eu sou mãe" e isso já diz muita coisa. 


Beijos!


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